Dia da mulher
Hoje faz 102 anos que o primeiro dia internacional da mulher foi instituído. É bizarro observar que atualmente grande parte da massa internauta, em seus “posts”, hashtags, e toda essa coisa louca sem fim, publica apenas dicas de restaurantes, motéis, flores, enfim, tudo o que dinheiro pode comprar e o mercado pode ofertar.
Money, Money, Money! Cada vez mais, nossas relações criam raízes nessas notinhas capitais. É obvio que não quero aqui dizer que dinheiro é ruim (antes que um Zé Ruela venha falar). É a ausência do tema central desse dia que me refiro.
Esse trololó hodierno teve início no dia 8 de março de 1857 (onde os tempos eram outros. Quiçá muito mais valorosos), data histórica da verdadeira luta pela justa igualdade feminina em todos os setores sociais. Foram as heróicas senhoras operárias de uma fábrica de tecidos em New York, que fizeram com que hoje, você, princesa, fosse comer seu sushi ou sua costela naquele restaurante que você tanto queria ir, devido às “comemorações” desse dia tão importante. Essas senhoras, que foram brutalmente assassinadas, trancadas e queimadas em seu local de trabalho, apenas por lutarem por condições dignas de trabalho, por uma carga horária menos desumana de 10 horas de trabalho e não de 16 horas, como era.
Acontece que hoje, muita gente nem imagina o motivo desse dia. Hoje as pessoas só querem saber de olhar os cardápios, o preço das rosas e a qualidade da cama redonda e os riscos nos espelhos de teto.
Comemorem, festejem, façam tudo que lhes de prazer. Só não esqueçam o porque. Dia 8 de março é um dia de memórias, um dia de lutas, um dia de vitória!
Parabéns mulheres! Sem vocês, o Planeta não seria tão belo, não seria tão confuso, nem tão enigmático. Obrigado!